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quarta-feira, 14 de março de 2018

Fidalgo Infante e Sua Luta Contra o Dragão do Mal a Caminho da Cidade Sonhada


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Seguindo assente por incerta rota da vida

Tomada numa conveniência da sua investida

De alcançar a promissora cidade sonhada

Na arremetida dessa aventura determinada

Fidalgo Infante se depara a certa altura

Com medonha e ameaçadora criatura



Um espantoso e sinistro dragão do mal

De ira manifestada em rugido infernal

De unhas enormes e pontudas, suas garras afiadas

De olhos incandescentes como brasas avermelhadas

Já ameaçador nas assombrosas asas em movimentações

Com pontas agudas projetadas por entre as articulações

Tremia o chão com suas passadas pesadas

E logo que avistou Infante, a face apavorada

Com violenta fúria, colérico então o atacou

E com sua pata de unhas pontiagudas o golpeou

E em sua direção desde as ventas lançou chamas

E Infante quase em choque ante o nefasto drama

Conseguiu num átimo se esquivar, mas foi atingido

Ficou chamuscado e também gravemente ferido

Apavorado e esbaforido numa gruta adentrou

Era a entrada de uma caverna que por sorte logo ali encontrou

E a entrada desta caverna por onde fugia

Do temido monstro que lhe perseguia

Não permitia sua passagem, ali assim barrado

E seguindo em fuga e tendo num relance pra trás olhado

via só um seu olho na entrada da caverna recortado

E Infante seguia ali correndo, totalmente abismado



E seguindo pela caverna numa saída do outro lado foi dar

E a floresta explorando, alimento e descanso a buscar

Encontrou uma cabana, morada de um velho de sábios conhecimentos

Que lhe acolheu e com ervas curativas cuidou de seus ferimentos

E deixando apenas as cicatrizes, seu machucado curou

E na arte da luta contra o dragão do mal o iniciou

Escudo resistente e lança afiada lhe ensinou a fazer

Para proteção e ataque, para o demônio abater

E após dias de lições e duros treinamentos

Já se feito preparado para o mortal enfrentamento

Do velho sábio despediu-se agradecido

Mas antes que dele se tivesse ido

Pôs em seu pescoço um colar cujo pingente

Era não menos do que de dragão um dente

E disse-lhe que lhe daria sorte

No seu iminente embate de morte



E assim retornou pela caverna que dias atrás cruzou

Fugindo da fera, da qual por pouco escapou

E da caverna por onde dias antes entrou apavorado, ao sair

Encontrou logo a fera indomável lhe esperando a rugir

Soltando pelas ventas uma fumaça escurecida

Batendo a pata no chão com força embrutecida

Ora uma ora outra pata no chão com furor batia

E assim atemorizante todo o chão ao redor tremia

E logo ao ver Infante, da caverna recém saído

Por onde dias antes se houvera dele escapulido

Tremendamente raivoso tórridas chamas lançou

Das quais, com seu escudo de metal se resguardou

O fogo em chamas o seu escudo esquentava

Mas Infante resistia e com resistência o segurava

Quase, de tão aquecido, o escudo largou

Quando aquele lufo de rajada se encerrou

E a dor da quentura na pele de Infante aliviou

Então Infante avançou e ante o monstro se colocou

O monstro com um golpe de pata sobre Infante investiu

Infante célere se esquivou, foi por pouco que o bicho não o feriu

Aproveitando o monstro no contrapé, Infante se jogou

Rolando rápido pelo chão para bem abaixo da sua barriga parou

O dragão ficou tanto perdido sem Infante poder avistar

E seguindo do velho a instrução para o dragão matar

Antes que o monstro mudasse de posição a lhe avistar assim

Tão aberto e vulnerável para liquidar Infante por fim

Sob a barriga do monstrengo a pontuda lança posicionou

E bem fundo no coração do malvado Infante cravou

Uma rajada de sangue férvido alcançou Infante

Enquanto o monstro, de morte ferido, gritava angustiante

Soltou um estrondoso e ensurdecedor rugido

Que através da caverna pelo Velho foi ouvido

A fazer-lhe saber com satisfação que seu instruído

Houvera felizmente o monstro feroz abatido

O monstro em danação angustiosa se esvaia

E logo pesadamente a monstruosidade no chão caia

Fazendo estrondoso barulho, de sobressaltar

E célere Infante teve que mais ainda no chão rolar

Para evitar que o monstro o esmagasse ao tombar no chão

E com o monstro morto caído, Infante se ergueu a se recompor então



E continuou em marcha, no caminho da ventura que buscava

E seguindo em frente na rota com mais alguns dias já divisava

Ao longe, do alto, a sua cidade sonhada

Que sob o sol rebrilhava seus picos, suas fachadas

E com mais alguns dias, por fim alcançaria

A cidade pela qual pelo mundo se aventuraria

Com toda a força divina e sapiência aprendida

Para construir seu sonho, o seu sonho de vida

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