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segunda-feira, 13 de junho de 2016



















Estrondosa voz d’uma alentada consciência;
impetuosa, pulsa, intensa em luminescência;
constituída desde seu incontido caos irrefreado,
contraído na esfera d’um mundo desordenado.

Faz-se um ser em brilho de tal incandescência;
da humana dor e paixão, em dilatada ardência.
De fúria acirrada que explode vasto em belezas,
desde onde se desvenda, abissal profundeza,

na poderosa irradiação de música admirável,
de tão briosa filosofia, de metafísica notável;
na arte que professa com tão aquilina retórica.
Prosélito da grega mitologia, em si alegórica.

E projeta-se em real e fantástica transfiguração
d’um vigoroso espírito d’um homem do sertão.
Profeta d’um mundo em tensa e aguda agonia
d’um exato apocalipse em que assim se expia.

Erudição universal se faz no tempo cristalizada;
nos ares planetários gerais faz ressoar poetizada,
de grandiosa verve, d’uma oceânica dimensão;
de espantosa maneira, d’um agigantado coração.

Irrompido microcosmo estelar a se expandir
num mundo novo que se faz assim a se inserir
na humana existência, na infinitude temporal,
enquanto seja tudo, a manifesta vida, como tal. 

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