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segunda-feira, 13 de junho de 2016

ESSÊNCIA


 













Tendo chegado a termo em seu arrojo cego,

após jogar-se no mundo à mercê de sorte ou azar,

rebelada reação a um desengano capital,

deliberou-se a lançar-se em suas comprovações,

destravando sua dor, liberando seu amor...



Tanto já se compenetrara reflexivo;

pesara já seu bem , pesara já seu mal;

se houvera já existencialmente analisado

as fases críticas e também as nirvânicas;

houvera já longe aventurado, viajado

e retornado d’um fenomenal desenlace.



E tendo alcançado renovada consciência,

idealizou resoluto sua virtual tribuna;

seu canal de emissão para explodir sua versão,

sua ciência racional, aliada ao sobrenatural,

numa magnífica visão, de integral abrangência;

sua base de conhecimento; experiência

de funda vivência, de espantoso atino;

sua bagagem acumulada do que houvera sido

nas rotas de sua incursão.



E concebeu sua potencial tribuna

num revigorante humanismo

que se reiterasse infinitamente

a reavivar o amor humano

como fundamento da convivência,

pela harmonia universal.



E se postaria sua imaginada tribuna

num altíssimo plano, sobrelevada;

futuristicamente  idealizada,

a fluir poder de preleção,

de uma eloquência imponente,

qual d’um arauto d’uma nova ordem,

a desvendar aspectos da verdade,

elucidada de atravanques de razões ;

exposta  de imprecisões subjetivas;

do que  estampam corações;

em revelações de si;

exata como matemática

em lógica determinista

de singular filosofia,

a fazer unir pensamentos,

pra lá do reino da imaginação.



E a essência do que demonstra

se insinua um algo do aqui e do além;

do material e do espiritual,

num caráter misto.

unidade de dualidades,

de dicotomias,

de coesão total;



e se faz revestida a aura

em ouro solar; em prata do luar;

e intenso se reverbera

em brilhantes faíscas de luz;

arquétipo visível do mito

na transparência máxima.


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